A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é hoje em dia um dos principais distúrbios respiratórios do sono e a sua ocorrência deve-se a obstrução do fluxo respiratório das vias aéreas superiores. Essa obstrução provoca paradas respiratórias diversas vezes durante o sono. A SAOS normalmente influencia negativamente a qualidade de vida do paciente
apresentando como sintomas freqüentes dores de cabeça, sonolência excessiva, perda da capacidade de concentração e da memória, hipertensão
arterial e arritmias cardíacas. O ronco também está presente e geralmente
deteriora a vida social e familiar do indivíduo. O diagnóstico pode ser feito pela história característica do paciente, pelo exame físico, e exames específicos a fim de se determinar o local da obstrução. O tratamento envolve desde orientações ao paciente que incluem evitar dormir de barriga para cima, elevar a cabeceira da cama, evitar o uso de álcool e iniciar programas de redução de peso. Considerando que alterações esqueléticas faciais estão intimamente ligadas à doença. A falta de crescimento maxilo-mandibular atinge 50% dos pacientes que possuem SAOS de forma grave (figura 1). Nestes casos, o tratamento cirúrgico por meio do avanço maxilo-mandibular (AMM) tem sido muito utilizado, pois aumenta o espaço aéreo da faringe e hipofaringe através do avanço da estrutura óssea facial (figura 2). Essa é a única cirurgia que fisicamente cria espaço nas vias aéreas desobstruindo a passagem do ar durante o sono. Sendo assim, o AMM exerce tensão adicional na musculatura relacionada, impedindo o seu colapso, obtendo até 80% de melhora do índice de apneia, além de melhora na estética facial e principalmente na qualidade de vida do indivíduo.
FIGURA 1 |